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quarta-feira, 12 de julho de 2017

Você não precisa de uma arma para matar alguém

Cá estava eu hoje a tarde, humildemente comendo minha granolinha com iogurte, quando decidi ver uma série (porque a melhor desculpa para se ver série é porque se está comendo. E a melhor desculpa pra comer é por estar vendo séries. Um ciclo lindo!) Então fui lá e escolhi um episódio de Criminal Minds (sim, eu cometi o erro maravilhoso de iniciar essa pequena série de mais de 10 temporadas agora... acontece... prossigamos). No meio do episódio eis que surge a seguinte frase: "Você não precisa de uma arma para matar alguém." Até aí tudo bem, a frase deu aquela batidinha no meu subconsciente, mas eu deixei de lado... No desenrolar do episódio acontece muita coisa, sendo que uma delas é um despencar gigantesco de xingamentos pra cima de um dos personagens, falados por alguém próximo a ele. Beleza que era tudo um super plano de sobrevivência através de comunicação por sinais e tudo mais, mas as palavras não deixavam de ser ditas (e ouvidas) pela pessoa. 

Então a frase volta.
"Você não precisa de uma arma para matar alguém."

            Eu terminei o episódio e fiquei uns 30 minutos pensando nela e essa frase ainda está reverberando pela minha mente... e eu acho que ela vai passar mais um tempo por aqui, porque eu bem me conheço...
Vocês já sabem né, que as nossas atitudes não atingem somente a gente, certo? Então vocês já notaram o poder de um pensamento impaciente, de uma palavra mal expressada, de uma atitude errada, não?
Vocês já pararam pra pensar quantos pequenos assassinatos vocês já cometeram nessa vida, assim, sem notar? Ou quantas vezes já te mataram rapidinho, assim, sem querer?

            Essa pequena reflexão está sendo jogada aqui para que, quem ler, comece a realmente refletir um pouco sobre o que faz no dia a dia. Controlar 100% as suas atitudes é algo impossível e até mesmo não saudável... mas acho que é importante pelo menos a gente parar pra pensar no quanto a gente atinge o próximo sem nem mesmo notar. Quando estamos irritados, e acabamos descontando em quem não merece, ou quando magoamos alguém que gostamos, com alguma atitude ou piadinha desnecessária.
Já me senti "morta" algumas vezes, e muitas vezes acontece quando e de quem a gente menos espera. As vezes é difícil "ressuscitar" depois, mas a gente dá um jeito. E se não tem jeito, a gente inventa um. O importante é voltar a vida.
O mais interessante, no entanto, é perceber que podemos evitar tanta tristezinha por aí, tanta "morte". Já falei aqui sobre elogios e a necessidade gostosa que todos devíamos sentir de elogiar pelo ato de elogiar, trazer aquela sensação boa de receber um "bonito batom esse seu" ou "que bonito que você está hoje", que é totalmente verdade, mas que não é lembrada as vezes porque parece ser "só uma coisinha boba". E não somente elogios, mas o respeito com o outro e tudo mais. Não sabemos o que o outro está sentindo, pelo que ele está passando... temos que cuidar sempre para evitarmos uma mágoa desnecessária. Temos é que priorizar sair espalhando coisas boas por essa vida, porque é isso que importa, não é?
            Vamos usar esse nosso poder das palavras, do cuidado, daquele bom dia espontâneo, aquele sorriso, pra "salvar", nem que seja por alguns minutinhos, a vida de alguém. Faz bem pras duas partes. 
Sem mais mortes, ok? 
E partiu ver mais Criminal Minds, porque atrasada é pouco!

                                                                                             S.