Sangue azul, felicidade e outras mentiras menstruais.

Florianópolis, 26 de outubro de 2012.                     22:16

Boa noite. Eu TIVE que escrever isso aqui, porque eu achei muito sensacional. Eu estava trocando de canais loucamente agora a pouco e parei na MixTV, porque nesse horário, é um dos canais mais... hmm... 'aptos' a receber minha atenção, haha. Enfim o que interessa é: passava uma matéria sobre um post feito por um inglês falando sobre a menstruação das mulheres. Vocês vão ler melhor a história abaixo. O melhor é a resposta dada pela empresa essa semana. Eu adorei! Leiam e vejam o vídeo, de verdade. E homens, encarem a verdade. Mulheres, vocês já sabem do que eu estou falando. ;)

"Um inglês chamado Richard Neill publicou um comentário na página de Facebook da Bodyform — uma marca tradicional de absorventes femininos — em que acusava o fabricante de enganá-lo sobre a verdade por trás da menstruação. Mais de 95 mil pessoas curtiram o post, que se tornou um viral. O desabafo de Richard era mais ou menos assim:

“Oi, como homem, preciso perguntar: por que vocês mentiram pra nós durante todos esses anos? Quando eu era criança, assistia aos seus comerciais de TV e ficava interessado em como as mulheres aproveitavam tantas coisas ao longo dessa parte maravilhosa do mês delas; eu sentia um pouco de inveja. Sabe, andar de bicicleta e patins, dançar, pular de paraquedas… por que eu não poderia aproveitar também esse tempo de alegria, de “água azul” e asas?! Culpa do meu pênis! Aí eu encontrei uma namorada. Fiquei tão feliz, mal podia esperar pelo momento de felicidade e aventuras, mas… vocês mentiram! Não havia alegria, esportes radicais, água azul caindo de asas, nem mesmo trilha sonora. Em vez disso, tive de lutar contra todos os meus impulsos masculinos e resistir aos gritos de ‘Wooaaahhhhh Bodddyyyyyyfooorrrmmm! Quero o estilo Bodyform pra vocêeeeeee’, na medida em que minha amorosa e gentil garota se transformava na menininha de O Exorcista, com direito a dose extra de veneno e uns giros a mais de 360 graus com a cabeça. Obrigado por me preparar para essa queda, Bodyform, seus espertinhos sacanas”.

Nesta semana, a Bodyform devolveu com um tapa de luva de pelica. Gravou um vídeo incrível, usando do mesmo humor da reclamação recebida. Explicou pro Richard, de forma bem irônica, que a indústria de higiene feminina vende mesmo desinformações. Há anos. Mas que isso é feito apenas pra proteger os homens e pra poupar a sensibilidade deles da realidade animalesca vivida pelas meninas. Mandou um recado:

“Oi, Richard. Nós amamos seu post na nossa página do Facebook. Somos sempre gratos pelas mensagens dos nossos usuários, mas o seu comentário foi particularmente comovente. Se o Facebook tivesse um botão ‘amar’, nós teríamos clicado nele. Mas ele não existe. Então, nós fizemos um vídeo pra você. Infelizmente, a Bodyform não tem um CEO. Se tivesse, ela se chamaria Caroline Williams e te diria o seguinte:”"

Mais sobre a história: http://comunicadores.info/2012/10/17/desmascarados-os-comerciais-de-absorvente/

Texto retirado do site: http://colunas.revistaepoca.globo.com/mulher7por7/2012/10/19/sangue-azul-felicidade-e-outras-mentiras-menstruais/ Escrito por Luíza Karam.

                                                       22:26

Casório?!

Florianópolis, 19 de outubro de 2012.                                        22:03

ATENÇÃO: REALMENTE PODE CONTER SPOILERS, OU SEJA, SE VOCÊ NÃO QUER SABER O QUE OCORRE NO LIVRO NÃO LEIA ISSO. E SE NÃO CONTER SPOILERS, NÃO ME MATEM... EU NUNCA PENSO ANTES DE COMEÇAR A ESCREVER (E DURANTE TAMBÉM, MAS NÉ...) E POR QUE DIABOS AINDA ESTOU EM CAIXA ALTA? Ok, parei.

  Depois de quatro horas seguidas de pura diversão para a minha pessoa, terminei de ler Casório?!, o livro que peguei... sexta passada na BU. E como no começo do ano eu disse que ia escrever sobre os livros que lia, então... tchanãã! (Sou uma irresponsável mesmo, estamos em OUTUBRO! Início do ano para OUTUBRO!)

Informações sobre o livro:

Título: Casório?!

Autora: Marian Keyes.

Páginas: 642.

Leia se você:

*Adorar uma comédia.

De verdade, eu passei o mico de dar gargalhadas na sala de espera da União, sexta passada, porque li uma parte do livro que me fez parecer uma louca rindo sozinha. Nada escancarado, mas rir sozinha é rir sozinha... Algumas partes do livro valem por si só... tanto que eu tive que copiar e colocar no Facebook. A parte da taróloga, e a descrição da morte de sei lá quem numa das ligações da mãe da Lucy para ela me fizeram rir, mesmo.

*Se já leu outros livros da Marian Keyes, você sabe do que eu estou falando. ELA É DEMAIS.

*Se gostar de comédias românticas, com toques bem realistas. E com direito a problemas polêmicos, e claro, pessoas com esse problema. E personagens BEEEEM definidos, com problemas, defeitos, qualidades, aparência, psique.... tudo, tudo beeeeem definido.

*Se tiver tempo e paciência.

Eu li o bendito livro em uma semana. Mas isso não conta porque eu sei que tenho um problema com livros, principalmente comédias românticas. Eu não devoro, eu o engulo praticamente inteiro! Algo como, sei lá, enquanto o café esquenta no microondas, eu estou lá, lendo algumas linhas. Mas vale ler mais demoradamente... é bem interessante.

*Se não tiver um namorado e queira sentir aquele friozinho na barriga (se é isso que você sente quando lê livros assim... pelo menos é o que eu sinto... enfim.). Afinal, um clichê serve pra isso mesmo!

Não leia de você:

*Odeia clichês, por mais simples que possam parecer.

Na verdade o clichê é mínimo, mesmo se você não gostar deles (os clichês) leia o livro. Ele aparece no meio do livro e no fim, onde é o lugar dos clichês. Mas é leve... o resto é tudo... menos clichê. (Obviamente, há quem discorde... mas, surpresa! isso é a minha opinião do livro. Você pode odiar, pode nem se quer ler, ou pode concordar. Eu expresso, você lê, concorda ou não. É.)

*Não gostar de ler.

Você viu que tem 642 páginas né? Se for aqueles que pensam duas vezes antes de pegar um gibi pra ler, não é recomendável.

*Se for facilmente irritável.

A personagem principal do livro é uma imbecil, estúpida completa.(Exagerei.) Tipo, eu fiquei com vontade de arremessar o livro na parede umas 10 vezes. De verdade. A tal da Lucy me irritou exponencialmente. GURIA CHATA! Cheia de ‘oh, me sinto culpada!’ e ‘preciso que você me ame ou vou morrer!’ e ainda ‘minha amiga torceu o tornozelo no trabalho enquanto eu estava em casa, mas a culpa é totalmente minha. Por favor, cortem meus braços!’ (Essa última não aparece no livro... mas é o nível de irritação que subiu a minha cabeça só de lembrar o quão tapada aquela Lucy é!) Mas o negócio de arremessar o livro longe é bem real. (Acho que a pessoa que leu ele antes de mim deve realmente der feito isso, porque tem uma folha colada com fita durex e a capa está degradada...) Enfim, olhando assim parece que o livro é uma merda. E ele realmente não é dos melhores da Marian não. (Nada bate Melancia, dos que eu li.) Mas o livro é inteligente, engraçado e... cheio de Lucys se sentindo um lixo. O pior de ter odiado a guria é porque eu vejo alguns traços da personalidade ‘não me abandone! Vou morrer de dor e agonia!’ na pessoa que vos escreve. Mas esse livro vai me fazer mudar, espero. (Se eu for mala que nem ela, me dê um tapa, obrigada!)

*Se você amar incontrolavelmente finais felizes.

O livro tem lá o seu clichê, mas uma parte dele acaba de um jeito nada ‘filme pastelão’. As pessoas ao redor da Lucy não acabam todas casadas com filhos lindos e maridos/esposas ricos/ricas. E o dilema familiar dela é de sentir na pele, de verdade. O que na real é uma das coisas mais perfeitas dessa autora: ela toca naqueles temas reais de um jeito realmente real. Nada igual aquelas novelas idiotas atuais (Sim, Avenida Brasil, estou falando justamente de você, com seus personagens com 27 esposas e suas pessoas loucas vingativas que fazem as outras lamberem o chão que pisam. Ainda bem que você acaba hoje, sua novela patética! [Desabafo.... passou.]) O tema desse livro é o alcoolismo, e é bem abordado, deixando o leitor com agonia, raiva e depressão quando vai lendo as páginas e vendo como isso é difícil de se combater. Vale a pena.

  Enfim... minha palavra final é: leia. Se você realmente gosta de ler, tem um tempinho, e tem cabeça para sacar uma personagem com muitos problemas e não tacar fogo no livro. E gostar de um romance no final.

  Mas o principal: é Marian Keyes, então sempre vale à pena ler.

Se ficaram interessados, boa leitura. Se não gostaram desse, achem algum livro e divirtam-se. Ler é bom de qualquer maneira.

                                                 23:12